Michelin planeja lançar pneus sem ar em 2024; entenda

Trocar os pneus do carro deve se tornar um ato obsoleto em 2024. É o ano em que a Michelin planeja lançar pneus que não precisam de ar para criar contato com o solo. Intitulado Uptis (sigla em inglês para Sistema Único de Pneus à Prova de Furos), o conceito foi desenvolvido em parceria com a General Motors e já foi testado e aprovado.

Mas como pode funcionar um pneu sem ser inflável? De forma simples: em vez de ar, a banda de rodagem se conecta à roda por meio de palhetas de plástico reforçadas com fibras de vidro. Flexíveis, estas palhetas se adaptam ao solo de acordo com a superfície do asfalto e a direção.

É justamente a partir daí que surgem os benefícios, já que pregos e cortes nas paredes laterais do pneu deixam de ser danos irreparáveis. Também não haveria mais a necessidade de verificar a calibragem dos pneus, nem comprar estepes, macacos ou infladores. 


Os pneus sem ar da Michelin também têm uma vantagem ambiental. Feitos de materiais renováveis, os Uptis podem ser feitos em impressoras 3D e contribuir para a diminuição de descartes de microplástico nos oceanos. Segundo pesquisa recente do Instituto Norueguês de Pesquisa Aérea, 500 mil toneladas de partículas oriundas de pneus são emitidas todos os anos e metade delas chegam ao oceano. Parte delas, cerca de 80 mil, chegam a áreas árticas e contribuem para o degelo, poluindo muito mais do que sujeira levada pelos rios.


Testes no Salão de Munique

No início de setembro, durante o Salão do Automóvel de Munique, a Michelin testou pela primeira vez os pneus sem ar em vias públicas. Alguns dos YouTubers que participaram do ensaio, como Mr. JWW, se mostraram bastante satisfeitos com a performance do arco.

“Quando você vê de longe, você pensa que não há como isso andar como um pneu convencional”, disse o YouTuber, que usou um e-Mini no teste. “Mas pilotamos ao redor de Munique e, na verdade, é uma experiência muito prazerosa.”


A Michelin ainda precisa responder algumas questões sobre o Uptis, como, por exemplo, o peso dos novos pneus sem ar, a compatibilidade deles com as rodas já existentes no mercado e, principalmente, o preço. Agora é esperar mais três anos para ver como a tecnologia se desenrola.



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