Kaspersky detecta 5,8 milhões de ataques contra gamers nos últimos 12 meses


As ferramentas de proteção da Kaspersky detectaram e impediram quase 6 milhões de ataques contra gamers entre o terceiro trimestre de 2020 e o segundo trimestre de 2021. As ameaças eram, em sua maioria, malwares e softwares falsos que se passavam por downloads de jogos para computadores e em celulares.

Os dados da empresa de cibersegurança avaliaram as ameaças cibernéticas ligadas aos 24 jogos para PC e os 10 títulos mobile mais populares do período. Durante o segundo trimestre de 2021, foram 636.904 tentativas de ataques com adwares (os programas que visualizam propagandas) e downloaders, com incidências de trojans e até backdoors.

O número, embora alto, está diretamente relacionado ao distanciamento social provocado pela pandemia, que teve um começo ainda mais turbulento. Durante o primeiro trimestre, os números deste tipo de ataque figurava em 1,48 milhões. No segundo trimestre de 2020, a instituição contou 2,48 milhões de detecções — um aumento de 66% em comparação aos meses anteriores.

No que diz respeito aos celulares, o panorama dos ataques virtuais a gamers permanece alto. O número de jogadores afetados no início da pandemia catapultou de 1.138 em fevereiro de 2020 para 3.253 em março, num crescimento de 185%. A média se manteve regularmente até o segundo trimestre de 2021, quando o índice teve uma queda de 10%.

O relatório da Kaspersky também coloca o Brasil como segundo dos cinco países que são mais vítimas destes ciberataques, perdendo apenas para a Rússia. Índia, México e Irã ocupam do terceiro ao quinto lugar, respectivamente.

Minecraft é principal isca dos ataques contra gamers 


Quando se trata de vetor de contaminação, o Minecraft lidera tanto no PC quanto nos smartphones. De julho de 2020 até junho de 2021, 36.336 malwares disfarçados do jogo de blocos foram baixados, afetando 184.887 usuários de PC e resultando em 3.010.891 tentativas de infecção. O número corresponde a quase metade do total de detecções no período de análise.

Segundo a pesquisa da empresa de cibersegurança, o título é o mais utilizado para ataques à gamers nas duas plataformas, devido à proliferação dos mods — as modificações baixáveis dos jogos. Além disso, múltiplas versões do Minecraft, cada uma com ajustes diferentes em cada mecânica, faz com que os usuários instalem versões irregulares — e, portanto, com brechas para ataques.



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