Morador de rua faz questão de pagar almoço em restaurante de bairro nobre de BH e ganha repercussão na web

Morador de rua decide almoçar em restaurante de bairro nobre de Belo Horizonte e proprietário paga parte da conta — Foto: Daniela Zapata/Instagram

No início da tarde desta terça-feira (4), um senhor chegou a um restaurante no Lourdes, bairro nobre da Região Centro-Sul de Belo Horizonte, pediu uma entrada com frango, um filé, uma garrafa de vinho e um refrigerante. Maltrapilho e descalço, ele carregava uma sacola de plástico e uma nota de R$ 50.

“O garçom veio me perguntar se ele poderia ser atendido. Eu respondi que sim. Se ele quer almoçar aqui, qual é o problema de estar malvestido?”, disse o dono do restaurante Benvindo, Gustavo Viana.

A advogada e professora Daniela Zapata estava almoçando com amigas quando viu o homem entrando no restaurante. "Ele foi atendido com tanta dignidade que a gente ficou com um sentimento de alegria. Ele fez questão de pagar e parecia que havia se preparado para ir ao restaurante", disse ela que contou a história em seu perfil no Instagram. Até o começo da tarde desta quarta-feira (5), a foto tinha mais de 15 mil curtidas em diferentes perfis do Instagram.

A imagem do morador de rua acabou viralizando na internet. “A gente ficou até assustado com a repercussão. Ele só quis almoçar e pagar por isso, né? Só isso”, disse Gustavo.

O homem se sentou em uma mesa e pediu o cardápio. “Eu até disse ao garçom que não precisava cobrar dele. Deixa ele comer, né? Fiquei com dó. Mas aí o garçom voltou dizendo que ele fazia questão de pagar. Achei muito bacana. Ele só queria ser tratado como um cliente qualquer”, contou o empresário.

O prato mais barato do restaurante custa R$ 43. A conta dele ficou em R$ 130. Segundo Gustavo, o homem deu a nota de R$ 50 e o garçom ainda devolveu o troco. “A gente cobrou só o refrigerante que custa R$ 8. Ele só queria ser tratado com dignidade”, contou ele.

Daniela disse que ao chegar o troco, o homem ficou indignado porque sabia que tudo que havia consumido não valia menos de R$ 10. "Aí o garçom muito delicado disse que o restaurante não cobrou pelo serviço."

Fonte: G1

Comentários

  1. Poxa é exatamente isso que a gente quer. Ou seja que eu queria quando meu pai me jogou pra ruas de Belo Horizonte. Só ser tratado como gente. Fico hoje feliz por este homem ser tratado com tanta dignidade e respeito.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas