Autor de O Outro Lado do Paraíso, Walcyr Carrasco conta: “fiz faxina, fui vendedor e garçom”

O autor Walcyr Carrasco no lançamento da novela O Outro Lado do Paraíso
(Foto: Globo/Cesar Alves)

Autor de O Outro Lado do Paraíso, sucesso de ibope do horário das nove da Globo, Walcyr Carrasco já passou por vários empregos, dos mais variados tipos, durante seus muitos anos de trabalho.

Em texto publicado em sua coluna na revista Época, se despedindo dos leitores, Carrasco falou sobre sua vida, seus empregos e suas manias. “Profissão, passei por muitas. Umas por necessidade, outras por vocação. Fui vendedor de livros, fiz figurino e cenário de cinema, pintei paisagens para ganhar algum nos EUA. Lá também me dediquei à faxina e fui garçom. Dei aulas. Fui ator profissional. Estudei História na USP e pretendia ser arqueólogo. Quase no final, prestei novo vestibular para a Escola de Comunicações e Artes. E me formei em jornalismo. Minha meta sempre foi ser escritor. Cheguei a me tornar diretor de redação de revistas importantes. Larguei, sem ter a menor ideia de aonde iria. Minha família apavorada acreditava que eu morreria de fome. Mas escrevi livros infanto-juvenis adotados em escolas de todo o país, peças de teatro, algumas de sucesso”, contou o autor de novelas da Globo.


Carrasco ainda comentou sobre o desafio de escrever uma novela das nove. “Depois de duras lutas, entrei no mundo da televisão, que adoro. Mas é trabalho pesado. Com uma novela das 21 horas no ar, como agora, são 25 páginas por dia. Um capítulo, exatamente. Mas não dói. Sempre fui apaixonado por ficção”, disse.

O novelista ainda revelou seu estilo de vida e suas manias, como a de mudar de casa frequentemente. “Tudo na minha vida é mutável. Nas coisas mais prosaicas, mais cotidianas. Por exemplo, mudo de casa o tempo todo. Não são mudanças fáceis, tenho bem uns 20 mil livros, quadros, lindezas acumuladas ao longo da vida e até uma extraordinária coleção de canecas, suvenires dos países que visitei ou presenteadas por amigos. Tenho inveja de pessoas há 20 anos no mesmo endereço. Talvez seja uma síndrome. Quando era adolescente, minha família passou por uma crise financeira grave. Mudávamos de casa a cada seis meses, para um aluguel mais baixo”.

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