Técnico do Princesa do Solimões promete fazer surpreender Chapecoense

Zé Marco comandará o Princesa do Solimões pelo segundo ano consecutivo e aponta a manutenção dos principais jogadores como principal vantagem da equipe.Foto: Paulo Rogério/Divulgação Princesa

Pelo segundo ano consecutivo no comando do Princesa do Solimões, o técnico Zé Marco revelou que as expectativas do time de Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus) nas competições nacionais, como a Copa do Brasil e a Série D do Brasileiro, serão maiores devido ao fator casa. Na próxima quarta-feira (6), o Tubarão disputa seu primeiro jogo oficial do ano, quando estreia na Copa do Brasil diante da Chapecoense-SC, no regresso do mando do clube ao Estádio Gilberto Mestrinho, o Gilbertão. Com a base do elenco vice-campeão estadual do ano passado, Marco afirma que pretende fazer o máximo de caixa para o clube.

D24AM - Por quais motivos você decidiu seguir no Princesa neste ano?
Zé Marco - Primeiramente, a carta branca que tenho para trabalhar e a tranquilidade e honestidade da diretoria com a comissão técnica. Em 2015, teve situações em que o Princesa ficou cinco partidas sem vencer, perdendo quatro jogos e empatando um, e mesmo assim fiquei tranquilo porque acompanham os treinos e sabem quando é bem feito. Em 2014, eu estava no comando do Atlético Acriano, pela Série D, e meu time enfrentou o Princesa, em Manaus, quando perdemos por 2 a 1 em um jogo bastante equilibrado e vencemos por 5 a 2, em Rio Branco (AC). Por isso, surgiu o interesse do Princesa no meu trabalho. Estou confiante, feliz e esperançoso de conseguir o título do Estadual e o acesso à Série C do Brasileiro.

D24AM - Com o aumento do número de clubes participantes na Série D do Brasileiro deste ano, que começa em junho, o Princesa ganhou uma vaga na divisão. O clube já pensa em novas contratações?
Zé Marco - Mantivemos uma base do ano passado, com até oito jogadores, entre os quais Rascifran, Luan, Emerson, Edinho Canutama e Júnior Lacraia. Mas, no total, estamos com 22 jogadores, incluindo os dois goleiros. Para a Copa do Brasil, estamos com o elenco fechado, após esta competição que iremos sentar e planejar para a Série D do Brasileiro e o Estadual (previsto para agosto).

D24AM - Antes da confirmação na Série D, a Copa do Brasil era prioridade?
Zé Marco - A prioridade no momento é a Copa do Brasil, no primeiro semestre. Todos nós sabemos que avançar de fase em uma competição dessas é melhoria financeira para o clube. Não queremos só participar, mas fazer dois grandes jogos. Sabemos das dificuldades de enfrentar um clube da Série A do Brasileiro, como a Chapecoense-SC, devido à estrutura e folha salarial infinitamente superior a nossa, mas tivemos várias surpresas em anos anteriores de times que ninguém apostava nada e chegaram até o título. Então, isso nos permite sonhar.

D24AM - O Princesa decidiu manter a espinha dorsal do time do ano passado e contratar mais reforços. Mas são os ‘veteranos’ do clube em quem você aposta para a Copa do Brasil?
Zé Marco - Em relação ao grupo do Princesa, o que pode ser levado em conta é que, ano passado, ainda estava conhecendo o elenco, como as características dos jogadores e quem encaixava com quem. Neste ano, a maioria já trabalhou comigo e sei mais ou menos como encaixar a peça para entrosar mais rápido. Ganhamos tempo nesse sentido de entrosamento, até porque, no ano passado, diante das condições, conseguimos decidir a final do Estadual com o Nacional e na Copa do Brasil tivemos dois jogos muito equilibrados com o Figueirense-SC, com 2 a 2, em Manaus, e 2 a 1, lá (em Florianópolis), que sofremos o segundo gol aos 42 minutos do segundo tempo. Então, estamos no caminho certo e mantendo a base do elenco estou um passo à frente.

D24AM - E com a mesma formação do time, praticamente, o que pode ser diferente neste ano do desempenho de 2015 do clube?
Zé Marco - O maior fator a nosso favor, em 2016, em relação à Copa do Brasil será jogar em casa. No ano passado, pelas três competições disputadas (Copas do Brasil e Verde e Amazonense), jogamos 28 partidas longe de casa (o Estádio Gilbertão, em Manacapuru, ficou um ano e meio em reforma pelo governo do Estado) com viagens de ida e volta e atuando a cada três dias. O desgaste foi muito grande e na reta final isso pesou um pouco. Hoje, temos nosso estádio liberado.

D24AM - Você teve dificuldades em conseguir os reforços pedidos?
Zé Marco - Sim, a maior dificuldade que enfrentamos foi convencer os jogadores a disputar somente a Copa do Brasil. Primeiramente, para dois jogos (de ida e volta com o Chapecoense) e se passar de fase, mais dois jogos por ser ‘mata-mata’. Além disso, muitos Estaduais já haviam começado quando fizemos as primeiras contratações e nenhum jogador irá trocar a segurança de um contrato de cinco a seis em um regional para disputar um ‘mata-mata’. Apesar de tudo isso, estamos prontos.

D24AM - A formação do elenco não foi tardia, com uma pré-temporada curta?
Zé Marco - Teria sido curto o prazo, se a Copa do Brasil começasse mesmo no dia 16 de março para nós como estava previsto. Com o jogo sendo no dia 6 de abril, ganhamos mais 20 dias de treinamento. Foi o tempo ideal para se trabalhar, tivemos 45 dias de pré-temporada. A única desvantagem é que a Chapecoense vem de 14 jogos no Estadual Catarinense, em um ritmo mais acelerado e condições mais apuradas tecnicamente por viver as situações de partidas. Sendo que não tivemos isso, adversários (nos amistosos) que nos agredissem e realmente exigissem do time. Mas isso não assusta, temos a questão do clima (no Amazonas) e gramado (do Gilbertão), as condições podem se igualar e serem decididas nos detalhes.

Fonte: d24am.com

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