Serviço funerário para animais se transforma em ótimo negócio para empresa de Manaus
Por: OSWALDO NETO
Fonte: acritica.uol.com.br
Mais de quatro mil animais já foram sepultados no cemitério “Última Morada”, administrado pela Arca de Noé e localizado no bairro Tarumã, na zona Oeste (Antônio Lima)
A dor de perder um bicho de estimação é algo indescritível, no entanto, um serviço capaz de humanizar esse difícil processo e elevar o grau de amor do dono por seu pet se consolidou na capital, que é o enterro de animais domésticos.
Pioneira em Manaus, a clínica veterinária Arca de Noé, localizada na avenida Djalma Batista, Zona Centro-Sul, trabalha há quase 11 anos com o enterro de bichos. Com valores que vão de R$ 150 a R$ 400, dependendo do tamanho do animal, a clínica apanha o cadáver na residência dos clientes e realiza o transporte até o pet shop, onde ele fica armazenado até ser levado ao cemitério para o devido sepultamento.
De acordo com a gerente da Arca de Noé, Eloyza Lopes, a ideia foi lançada em 2004 pela proprietária do local, Maria do Carmo Souza. “A proprietária viu a necessidade, até porque ela tinha cachorros velhinhos. Foi então que ele teve essa ideia”, disse ao +DINHEIRO.
O cemitério para animais, com nome de “Última Morada”, fica localizado rua Eudóquios, vivenda do Pontal, bairro Tarumã, Zona Oeste. Segundo Eloyza, a procura pelo sepultamento vem crescendo a cada ano, tanto que conforme os últimos registros da empresa, o número de animais enterrados ultrapassou os 4 mil.
“Hoje tem 4.275 animais, onde boa parte são cachorros e gatos. Além deles tem calopsitas, coelhos e até iguanas”, destacou Eloyza.
A gerente ainda defende o serviço, justamente por ele evitar que os animais sejam jogados no lixo. “Essa coisa de cemitério é complicada, mas todo mundo sabe que um dia vai precisar, até os animais. Acho que é uma forma de respeitar aquela ‘pessoa’ que foi da família por tanto tempo”.
Dor
Na clínica, a biomédica Anne Lima, 41, procurava informações sobre como poderia renovar a sepultura onde foi enterrado “Lucky”, o seu cão da raça pinscher que morreu no ano passado. Ao ser abordada pela reportagem, ela aceitou contar um pouco da história do animalzinho.
Segundo ela, os dias que antecederam o falecimento do cão foram os mais complicados. “Foi uma época muito difícil. Ele ficou muito doente e o nosso veterinário disse que ele teria que ser sacrificado, porque ele estava sofrendo demais”, relatou.
Anne conta que conhecia o serviço de enterro de animais e por conta do seu amor por Lucky, não hesitou em pagar para que seu cão fosse lembrado.
“Eu jamais descartaria meu bicho no lixo... Foram anos de companheirismo. Ele foi uma lição de vida pra mim, porque quando eu aprendi a amá-lo, descobri que não tinha problemas. O meu amor por ele é eterno”, declarou emocionada.
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