'Democria princesiana': técnico justifica discussões em campo e diz que troca contribui para o time
Treinador disse que tem acalmado ânimo da equipe, mas que discussões são normais(Euzivaldo Queiroz)
O Princesa do Solimões foi muitas vezes neste Campeonato Amazonense tido como um time temperamental. Oscilando entre uma partida e outro, e às vezes entre o primeiro e o segundo tempo, não foram raros os momentos em que foi possível ver jogadores discutindo fortemente entre si e até mesmo com o treinador, principalmente na primeira fase da competição, quando o time viveu altos e baixos e chegou a perder para equipes de menor capacidade na competição.
Porém, para o técnico Zé Marco, para além de retratar certo afloramento dos nervos no time de Manacapuru, as discussões também são vistas e tratadas como parte de um processo, por assim dizer, democrático, de construção permanente do time e formação tática do Tubarão, que entra em campo neste sábado, às 15h, contra o Nacional, para decidir o título do Campeonato Amazonense.
“A gente dá essa liberdade de troca de ideias durante a partida também nos sentido de melhorar, de agregar. Aqui ninguém é dono da verdade, a gente trabalha em conjunto com os atletas, até porque quando perde, perde todo mundo. Quando ganha, ganha todo mundo também. Então não tem o porquê de não ter essa troca”, diz Zé Marco.
Para ele, o que é visto como discussão também pode ser interpretado como uma troca de informações. “De repente a gente cobra uma situação e ele (o jogador) tem outra situação naquele momento para passar pra mim de dentro do campo e pra fazer isso ele vai ter que passar gritando também se não eu não vou ouvir”, justifica o treinador.Para a final deste sábado, Zé Marco tem todos os jogadores disponíveis, mas, assim como o Nacional, vem mantendo em segredo a formação do time que deve entrar jogando.
'Ninguém vai pedir por favor'
O técnico do Princesa do Solimões, Zé Marco, declarou em entrevista ao CRAQUE que tem visto o time evoluir no que diz respeito ao nível elevado de tensão observado em alguns momentos pelos jogadores, mas também minimiza o impacto disso nos resultados do time dentro de campo.
“Em relação entre eles, eu acredito que já houve uma melhora em relação ao tempo que eu cheguei aqui. A coisa relamente era mais complicada. Mas ao longo do tempo a gente foi fazendo eles entenderem que o Princesa é um só. Vai ter momento na partida que um vai ser o pulmão do outro, um vai ser a perna daquele, na hora que esse cansar eu vou por aquele”, declarou Zé Marco.
Para ele, sem grito, é difícil fazer futebol. “Claro que às vezes a gente também se depara com uma situação dentro do jogo que enerva mesmo, erro de arbitragem, erro de um, de outro, e ali ninguém vai pedir por favor, a cobrança realmente é mais áspera e a gente tem procurado controlar isso também tudo em prol do resultado positivo”, justifica o treinador, que vê evolução do time neste aspecto.
Fonte: acritica.uol.com.br
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