Times que disputam o Barezão usam e abusam das jogadas de bola parada
Em 45 jogos do primeiro turno do Barezão, 146 gols foram marcados, uma média de 3,25 por partida, uma das médias mais altas entre os estaduais pelo Brasil. Mas se a média de gols é alta, a média de tentos marcados em jogadas de bola parada também foram altas, foram 43 gols. Isso dá um percentual de 29, 4% dos gols marcados no primeiro turno. Mas como explicar esse fenômeno?
O time que mais marcou gol de bola parada foi o Princesa do Solimões. Foram sete. O destaque no Tubarão de Manacapuru é o atacante Léo Paraíba. Apesar de ter marcado apenas um gol de falta, Léo participou de quatro dos sete que o Princesa fez. E se Léo foi quem mais participou, Gilson foi quem mais marcou. Foram três gols. Desses três gols, dois foram em cobranças de escanteio de Léo Paraíba. E a eficiência dessa dupla é explicada com uma palavra: treino.
“Claro que sim (se Léo Paraíba treina jogadas de escanteio com Gilson) a gente treina muito essa jogada, com o Gilson no primeiro pau e graças a Deus a gente vem acertando uns belos de uns escanteios e ele vem colocando a bola pra dentro. Acho que o importante é isso. Professor pede muito, não só ofensiva como defensiva. É um trabalho que o professor faz intensamente. Graças a Deus isso vem dando certo e a gente vem fazendo uma boa dupla”, explicou Paraíba.
O vice-líder em gols de bola parada do Barezão é o São Raimundo. Dos 14 gols marcados, seis foram de bola parada e a metade disso foi marcado por Ramon em cobranças de pênalti. Ramon, inclusive, tem um bom aproveitamento em cobranças de pênalti, das quatro cobranças, três foram convertidas. Ramon divide a artilharia da bola parada com Gilson e diz que o treinador Eduardo Clara dá liberdade para treinar a jogada. “No começo, quando cheguei, quase não tinha tempo para treinar esse fundamento, mas agora tenho treinado mais e tentando aperfeiçoar esse fundamento. O Clara deixa a gente à vontade depois dos treinos para fazer o trabalho de bola parada, pênalti e falta”, explica.
Recurso decisivo
Para os treinadores, a bola parada é vista como um recurso e como para alguns não existe “loteria” e sim treino seja em cobranças de falta, escanteio ou pênalti.
O grande número de gols de bola parada não preocupa os treinadores. Para Zé Marco, do Princesa a bola parada não é um problema. “Não me preocupa isso é bom, mas óbvio que não podemos viver só da bola parada”.
O treinador Eduardo Clara diz que bola parada é questão apenas de treino. “A gente trabalha toda semana esse tipo de jogada, ensaia algumas jogadas e a qualidade é dos atletas. Não tem nenhum segredo, é treino”.
O time que mais marcou gols no primeiro turno foi o Fast. Foram 25 gols e apesar da grande quantidade de tentos, foi um dos times que menos marcou em jogadas de bola parada. Foram três gols. Isso pode ser explicado pelo estilo de jogo que prioriza o toque de bola. Ney Júnior, que comandou o Fast em sete dos nove jogos do campeonato diz que esse item era treinado, mas que não eram muito utilizado, pois as situações de jogo não exigia.
“Nossa equipe marcou muitos gols em situação de jogo. Para cada jogo a gente trabalhava muito bola parada. Tanto ofensiva como defensivamente. Nós não tomamos nenhum gol de bola parada”.
Fonte: acritica.uol.com.br
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