Custo de times na Série D é contrário a resultados no AM.

Princesa contratou o atacante Somália (foto), mas teve pouco retorno para o time.Foto: Reinaldo Okita
Na Série D do Brasileiro, nem sempre o clube que gasta mais, seja na contratação de jogadores ou investimento em infraestrutura, tem retorno dentro de campo, pelo menos entre as agremiações amazonenses. No último sábado, o Princesa do Solimões foi eliminado da competição, na primeira fase, em Manaus, após dez jogos. O custo mensal do time foi de R$ 220 mil, segundo a diretoria do clube. 

O retrospecto do custo-benefício dos times do Amazonas na última divisão do futebol brasileiro evidencia este desequilíbrio. Desde quando a Série D foi criada pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), apenas o América, entre os times locais, em 2010, chegou ao vice-campeonato, mas perdeu o acesso por escalar irregularmente um jogador. O Mequinha gastou pouco mais de R$ 700 mil (maior parte de dinheiro público, de patrocínio do governo do Estado). 

Em 2009, o Nacional foi o único representante do Estado na primeira edição da competição e gastou mais de R$ 800 mil - recebeu R$ 500 mil do Governo do Amazonas. Atualmente na presidência do Manaus FC, Luís Mitoso, presidia o Naça à epoca, nas duas primeiras participações do clube na última divisão do Brasileiro (2009 e 2011), ambas com eliminações nas fases iniciais. 

Mitoso justifica que não houve tempo hábil para montar uma estratégia e formar um grupo competitivo. Em 2009, o Nacional disputou seis jogos, quatro pela primeira fase, até ser eliminado pelo Cristal-AP, numa virada por 5 a 2, no extinto Estádio Vivaldo Lima, em Manaus. Em média, o clube gastou R$ 133 mil por partida.

“Devemos ter tido um custo de R$ 200 mil por mês, porque nessa época não havia ajuda financeira da CBF, com passagens aéreas e estadia, então chegou a mais de R$ 800 mil”, comentou Mitoso, ao revelar que o custo se repetiu, em 2011, quando, assim como o Penarol, ganhou R$ 1 milhão de empresas privadas, por intermédio do governo do Estado, para disputar a Série D.

Assim, o Leão desperdiçou R$ 125 mil por jogo e foi eliminado na primeira fase, após oito rodadas. Já cada um dos dez jogos do Penarol custou R$ 100 - deixou o campeonato na segunda fase. Um ano antes, o América, em 16 jogos, incluindo as duas partidas da final da Série D, com o Guarany-CE, teve um custo de R$ 43,7 mil, em média, por jogo.

Em 2012, o Penarol disputou, novamente, a Quarta Divisão, mas fez apenas oito jogos. Os gastos alcançaram R$ 500 mil (R$ 62,5 mil por partida). 

No ano passado, o Nacional mais uma vez participou da Série D e, com uma folha salarial de R$ 250 mil por mês, foi eliminado na segunda fase. O custo do time foi de R$ 75 mil por partida (10). Neste ano, o Princesa do Solimões teve gasto aproximado de R$ 650 mil (três meses de competição) e R$ 66 mil por jogo (10), em média, com o time.

Fonte: d24am.com

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