Princesa do Solimões tropeça dentro de casa e segue na vice-lanterna da Série D.
Com um público abaixo do esperado no Estádio Ismael Benigno (Colina) de 1.367 pagantes, de dez mil ingressos postos à venda, o Princesa do Solimões não saiu de um empate sem gol, neste domingo, contra o Rio Branco-AC, que se manteve na liderança do Grupo A1 da Série D do Brasileirão pelo saldo gols. Já o Tubarão segue na vice-lanterna da chave, com apenas um ponto ganho em dois jogos após a derrota por 2 a 1 para o Santos-AP, em Macapá, na abertura da Quarta Divisão e agora o 0 a 0 na estreia diante da torcida de Manacapuru.
No próximo domingo (3), o time do Alto Solimões vai enfrentar o Genus-RO, em Porto Velho (Rondônia), com a pressão de conquistar a primeira vitória para sair da parte de baixo da tabela de classificação.
O técnico Charles Guerreiro avisou que o Princesa não pode sofrer mais um revés nem longe dos próprios domínios. “Estamos trabalhando para poder melhorar. Foram dois jogos e um ponto apenas, agora para conquistar nosso objetivo que é classificar (para a 2ª fase) temos que vencer fora de casa”, declarou Guerreiro.
Ele ainda afirmou ter usado todas as opções para sair com outro resultado na Colina. “Estamos muito ansiosos, botei três atacantes, com Edinho (Canutama) e Marinelson (entrando no segundo tempo) que são jogadores de velocidade. Infelizmente, não conseguimos a penetração e o time deles (do Rio Branco) fechou bastante”, analisou o comandante do Tubarão, que evita falar de dispensas no grupo.
Bastante criticado pela torcida durante a partida, o centroavante Somália, que perdeu uma chance clara de gol no início do primeiro tempo, tentou amenizar a situação do clube de Manacapuru na Série D. “Isso aqui é Campeonato Brasileiro e não é regional. O Princesa é uma grande equipe e sabe a importância da competição. É lógico, jogando dentro de casa compreendo a torcida, que nos apoiou do começo ao fim e está de parabéns. Estou aqui para fazer os gols, não tive uma oportunidade tão clara como hoje. Mas temos mais oito partidas e ainda é muito cedo para criticar o time, que está entrando numa crescente”, suavizou o veterano.
Descontente com a reserva, o atacante Marinelson espera mudanças no setor da frente para o confronto com lanterna Genus. “O treinador optou pelo Branco e Somália (no ataque), que são jogadores mais de área, e eu fico mais nas pontas. Ele acha melhor jogar com os dois, mas eu quero ser titula e já falei para o treinador. Não estou satisfeito com o banco (de reservas)”, declarou Marinelson, que defende rapidez nos passes para o Princesa melhorar em campo.
Jogo morno
O Princesa cedeu à pressão do Rio Branco logo no início do primeiro tempo. Em menos de um minuto, o atacante Branco sofreu uma falta e precisou deixar o campo de maca. A primeira chance de abrir o placar foi do Estrelão quando, aos seis minutos, Kássio cruzou para o atacante Sandro Goiano perto da pequena área. Por sorte, Goiano não conseguiu finalizar.
Diante dos contra-ataques do adversário, o Tubarão reagiu com Branco. Aos 11 minutos, ele chutou na área e o goleiro Tiago Rocha defendeu perto da linha do gol. A cada avanço da equipe de Manacapuru para o campo de defesa do Rio Branco, a zaga acreana anulava as ameaças. O volante Joel tentou duas vezes, num intervalo de dois minutos, fazer um gol do meio-campo e não levou perigo para o goleiro do Princesa, Paulo Wanzeler.
As jogadas ofensivas de ambos os times não avançavam até a meta de nenhum goleiro e a partida ficou mais 'truncada' no meio de campo. Mas o mais impressionante foi a chance de ouro perdida pelo centroavante Somália, aos 24 minutos. No lance, o lateral-direito Delciney recebeu passe de Amaral e avançou até o fundo do campo para fazer um cruzamento certeiro para Somália, que dominou a bola e invés de chutar para frente à queima-roupa do goleiro do Rio Branco preferiu dar um toque para o lado rebatendo a bola na lateral da trave.
O gol desperdiçado por Somália, que esperava desencantar diante do Estrelão, despertou o Princesa em campo. Nos dez minutos seguintes, o time do Alto Solimões pressionou bastante perto da pequena área. O único problema é que o rival acreano se empenhava para fechar qualquer brecha para a finalização.
Aos 40 minutos, o lateral-esquerdo do Rio Branco, Bruno, tentou arriscar de fora da área depois do zagueiro Lídio desviar a bola de contra-ataque e passou por cima do travessão. Foi o último lance de perigo e a etapa inicial ficou no 0 a 0.
Na volta do intervalo, o técnico Charles Guerreiro mexeu no setores de armação e ataque. Flamel recuperou a vaga no meio-campo no lugar do estreante Renato Medeiros e Marinelson, que tem treinado entre os reservas, substituiu Branco. As trocas surtiram efeitos e o Princesa passou a ser mais ofensivo.
No segundo tempo, a tentativa mais clara de gol veio dos pés dos dois substitutos. Aos 11 minutos, o meia Flamel avançou rápido e passou a bola para Marinelson, que no canto esquerdo driblou um zagueiro e chutou para defesa do goleiro Tiago Rocha.
Mesmo com a melhora nas jogadas, lideradas por Flamel e Marinelson, o Tubarão ainda pecava nos erros de passes, como pelas laterais. E aos 23 minutos, o treinador do Princesa lançou o trunfo que prometeu usar, com a entrada do veloz atacante Edinho Canutama na posição de Somália, que saiu de campo vaiado pelos torcedores.
O time de Manacapuru era só ataque e o Rio Branco apenas defesa nos 35 minutos da etapa complementar. Perto do encerramento da partida, os jogadores do Estrelão pareciam satisfeitos com o empate que mantinha o clube acreano na liderança do Grupo A1 da Série D.
Aos 44 minutos, Edinho Canutama ainda chutou a bola por cima do travessão depois de receber cruzamento de Michel Parintins, mas no final a partida teve o resultado merecido: 0 a 0.
Fonte: d24am.com
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