Princesa não perde há 9 jogos.

O Princesa do Solimões vem numa levada envolvente. Ou melhor, vem numa levada que passa e deixa o adversário na poeira. Equipe comandada por Marquinhos Piter não perde há 9 jogos, somando jogos do amazonense e copa do Brasil. Será que depois da derrota para o Paysandu por 6 a 1 na ida e 2 a 1 na volta seriviram para acordar o tubarão que parecia estar morrendo no mar? Resposta clara e objetiva: SIM!

Não nos esqueçamos que aqueles 6 a 1 sobre o Paysandu no Mangueirão para menos de mil pessoas foi enganoso. Logo aos 10 minutos de jogo o "Sr" bandeirinha Enoque Costa Pacheco não deu gol legal no chute de falta do Michell Parinthins onde, segundo Enoque, a bola não havia entrado (só ele não viu?!). O "Juizão" Valdicleuson Silva da Costa ainda expulsou Flávio e Michell Parinthins. Daí 9 x 11 ficou fácil para o papão da curuzu, que não tem nada haver com isso e meteu 6 gols para garantir a vaga. No jogo da volta, com apoio de 1.500 torcedores, o Princesa do Solimões perdeu noamente. 2 a 1 doído e acima de tudo merecido.

Te convido a voltar no tempo: 
Paysandu 6 x 1 Princesa do Solimões foi no dia 26/02 (quarta-feita). Uma semana depois, para aumentar as dúvidas sobre elenco, técnico e diretoria, o Princesa voltou a perder, dessa vez para a surpresa do campeonato, Nacional Borbense, em jogo válido pelas semifinais da taça estado do Amazonas, jogo de ida por 2 a 1, no dia 01/03. Cinco dias depois, para espantar um pouco a pressão que já era evidente, os comandados de Marquinhos Piter fizeram o jogo da volta e venceram o Nacional Borbense por 3 a 1. E ainda tem o jogo de volta das quartas de final da Copa verde, dia 08/03 e mais uma derrota para o Paysandu: 2 a 1. Em duas semanas, o Princesa estava eliminado da copa verde e classificado para final do primeiro turno. Aliviou ou pressão?

Pressão. Tomar 8 gols do Paysandu em dois jogos (apesar dos erros de arbitragem) deixaram o elenco do Princesa baqueado. Porém, nada melhor do que uma taça de primeiro turno para curar e lavar a alma uma vez suja e despedaçada. Dois empates nos jogos de ida e volta contra o Fast Clube, por 0 a 0, deram a Marquinhos Piter e comandados o título simbolico, vaga na finalissima do amazonense e principalmente: calma e confiança.

Depos da final da taça estado do Amazonas começou a taça cidade de Manaus (segundo turno), que parecia ser complicado, mas para o Princesa não foi. Venceu todos os jogos: Nacional Borbense (3 x 0), Holanda (1 x 0), São Raimundo (3 x 2), Penarol (2 x 1) e Nacional (2 x 1). Já passado a fase de grupos e classificado para as semifinais do segundo turno, enfretou o Brasilinense pela copa do Brasil e em "casa" não teve dó: 3 a 1. E nesse sábado, bateu novamente o Penarol, dessa vez pelas semifinais da taça cidade de Manaus, por 4 a 1, fora de casa. 

9 jogos: 7 vitorias e 2 empates. Depois da derrota para o Paysandu nos jogos de ida e volta, Maquinhos Piter foi inteligente, fechou o grupo, conversou e auxiliou seus jogadores, pediu calma, atenção e motivou seu elenco. O dedo não só do técnico como da comissão fazem toda diferença depois de uma eliminação a nivel nacional tão dura e traumática.

Marquinhos Piter conseguiu tirar da derrota 'dura e traumática' o que precisava. Poderia estar disputando copa verde? Poderia ser diferente? Sim, poderia. Mas nem tudo é como queremos e sonhamos. As vezes uma derrota mostra onde está o erro. As vezes uma derrota mostra a luz. Luz, que Marquinhos Piter precisava e veio, talvez da forma mais dura possível, mas veio.

Autor: Klauson Dutra (comentarista do radiojapanamazonica.com.br)

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